Número de habitantes por censo (1900 / 2011)
Grupo etário dos 0 aos 14 anos
1900
1.827.541 crianças,
numa população que rondava os 5.4 milhões de habitantes.
O distrito do Porto era o que registava o valor mais
elevado com 210 mil crianças, seguida de Lisboa com 166
mil.
Évora apresentava o valor mais baixo, com 41 mil crianças, seguido por Portalegre com 42 mil.
1911
2.045.425 crianças,
numa população a rondar os 6 milhões de habitantes.
O
distrito do Porto continuava a registar o valor mais elevado, com 239
mil crianças, seguido de Lisboa com 196 mil.
Portalegre
apresentava agora o valor mais baixo, com 50 mil crianças, seguida
de Évora com 51 mil.
1920
1.967.911 crianças,
numa população a rondar os 6.1 milhões de habitantes.
Os
efeitos da peste pneumónica (que atacou principalmente as crianças de mais
tenra idade) e da crise económica causada pela 1ª Grande Guerra traduzem-se num
decréscimo da população mais jovem.
O
distrito do Porto, que continua a registar o valor mais elevado, ainda que
apresente uma redução para 232 mil crianças; Lisboa mantém
praticamente o mesmo valor do censo anterior (196 mil).
Évora
e Portalegre continuam a registar os valores mais baixos, situando-se na ordem
das 49 mil crianças.
1930
2.178.102 crianças,
numa população que atinge os 6.8 milhões de habitantes.
O
distrito do Porto continua a liderar com 261 mil crianças,
seguido de Lisboa com 229 mil.
Portalegre
e Évora, que continuam com os registos mais baixos, acompanham a tendência de
crescimento do País e registam 52 e 59 mil
crianças, respectivamente.
1940
2.468.218,
numa população de 7.8 milhões de habitantes.
Mantém-se
a tendência de crescimento verificada no censo anterior.
O
distrito do Porto continua a registar o valor mais elevado, com 307
mil crianças, seguido de Lisboa com 253 mil.
Portalegre
e Évora mostram também algum crescimento, ao registar 58 e 67 mil
crianças, respectivamente.
1950
2.488.085 crianças,
num total de 8.5 milhões de habitantes.
Os
efeitos da 2ª Grande Guerra fazem-se sentir com especial incidência no interior
do País.
O
distrito do Porto continua a liderar, com 328
mil crianças, seguido de Lisboa com 262
mil.
Na
cauda da tabela mantêm-se Portalegre, com 54 mil e Évora,
com 63 mil..
1960
2.591.958 crianças
num total de 8.9 milhões de habitantes.
Os
dois distritos com maior número de crianças continuam a ser o Porto, com 393
mil, e Lisboa com 292 mil.
O
mesmo acontece no fundo da tabela, mas com Portalegre e Évora a denotarem uma
quebra no número de crianças, ao registarem 45 mil e 54
mil, respectivamente.
1970
2.451.780 crianças
num total de 8.6 milhões de habitantes.
Por
um lado os efeitos da emigração, que leva para for do País uma fatia generosa
da população activa; por outro, a alteração dos hábitos de vida da população
portuguesa, designadamente das mulheres, leva a uma redução da taxa de
natalidade, traduzida numa redução do número de crianças.
Assiste-se
ao fenómeno da "litoralidade", com a transferência de parte da
população activa do interior do País para os grandes centros urbanos,
designadamente para a cintura industrial de Lisboa, Porto e Setúbal.
Daí
que, por ex., enquanto o distrito do Porto passa a registar 431
mil crianças e Lisboa 360
mil (superior ao censo anterior), Portalegre apresente um valor na
ordem das 31
mil crianças e Évora 40
mil (abaixo do valor registado em 1960).
1981
2.508.673 crianças num
total de 9.8
milhões de habitantes.
A
tendência de quebra populacional verificada no recenseamento anterior é
minorada pela vinda de grande número (cerca de 600 mil) de residentes das
ex-colónias portuguesas (que se vão instalar principalmente na zona da Grande
Lisboa, Grande Porto, Setúbal e Faro) e pela diminuição da vaga migratória para
for do País.
É
curioso verificar que apesar de a população total do País atingir um valor
anormal no seu crescimento (cerca de 1.2 milhões), o número de crianças com menos
de 15 anos não tema a mesma correspondência, já que o seu número apenas aumenta
em cerca de 57 mil.
Este
fenómeno tem especial incidência no distrito de Lisboa, que passa para 475
mil crianças, ultrapassando pela primeira vez o distrito
do Porto, que regista apenas um ligeiro acréscimo para 439 mil.
Já
os distritos de Portalegre e de Évora mantêm a tendência de decréscimo,
passando a registar 28 e 38 mil crianças, respectivamente.
1991
1.972.403 crianças num
total de 9.9
milhões de habitantes.
Enquanto
o País regista um crescimento populacional praticamente nulo, o número de
crianças com menos de 15 anos apresenta um significativo decréscimo.
Lisboa
regista uma acentuada quebra, passando para 363 mil. O Porto
acompanha essa tendência e regista 352 mil.
O
mesmo fenómeno ocorre praticamente em todo o País. Portalegre mantém a
tendência anterior e regista 22 mil crianças. Beja troca de
posição com Évora e passa a ser o segundo distrito com menos crianças: 30
mil.
2001
1.656.602 crianças num
total de 10.4
milhões de habitantes.
Mantém-se
a tendência de quebra generalizada neste grupo etário, ainda que em menor grau
relativamente ao decénio anterior, mas em contraciclo com o verificado no total
da população do País.
Lisboa
e Porto continuam a ver reduzir o número de crianças, situando-se agora
praticamente ao mesmo nível - cerca de 315 mil crianças, cada.
Os
distritos menos populosos acentuam a quebra nesta faixa etária. Portalegre
passa a registar 17 mil crianças e Bragança 20 mil.
2011
1.572.329 crianças num
total de 10.6
milhões de habitantes.
Portugal
regista neste censo o número de crianças mais baixo de sempre. Ainda que
continue a verificar uma quebra populacional, ela é, no entanto, menor (em
termos quantitativos) do que aquela que se vinha a verificar
anteriormente.
Ao
contrário do ocorrido no distrito de Lisboa, que cresce para 347
mil crianças, o distrito do Porto regista um decréscimo acentuado,
para 283 mil.
Bragança
surge como sendo o distrito com menor número de crianças, cerca de 15
mil, a que se segue Portalegre com cerca de 15 mil.
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