quinta-feira, 29 de setembro de 2016

DOS 0 AOS 14 ANOS

Número de habitantes por censo (1900 / 2011)
Grupo etário dos 0 aos 14 anos


1900
1.827.541 crianças, numa população que rondava os 5.4 milhões de habitantes.
O distrito do Porto era o que registava o valor mais elevado com 210 mil crianças, seguida de Lisboa com 166 mil.
Évora apresentava o valor mais baixo, com 41 mil crianças, seguido por Portalegre com 42 mil.

1911
2.045.425 crianças, numa população a rondar os 6 milhões de habitantes.
O distrito do Porto continuava a registar o valor mais elevado, com 239 mil crianças, seguido de Lisboa com 196 mil.
Portalegre apresentava agora o valor mais baixo, com 50 mil crianças, seguida de Évora com 51 mil.

1920
1.967.911 crianças, numa população a rondar os 6.1 milhões de habitantes.
Os efeitos da peste pneumónica (que atacou principalmente as crianças de mais tenra idade) e da crise económica causada pela 1ª Grande Guerra traduzem-se num decréscimo da população mais jovem.
O distrito do Porto, que continua a registar o valor mais elevado, ainda que apresente uma redução para 232 mil crianças; Lisboa mantém praticamente o mesmo valor do censo anterior (196 mil).
 Évora e Portalegre continuam a registar os valores mais baixos, situando-se na ordem das 49 mil crianças.

1930
 2.178.102 crianças, numa população que atinge os 6.8 milhões de habitantes.
O distrito do Porto continua a liderar com 261 mil crianças, seguido de Lisboa com 229 mil.
Portalegre e Évora, que continuam com os registos mais baixos, acompanham a tendência de crescimento do País e registam 52 e 59 mil crianças, respectivamente.

1940
2.468.218, numa população de 7.8 milhões de habitantes.
Mantém-se a tendência de crescimento verificada no censo anterior. 
O distrito do Porto continua a registar o valor mais elevado, com 307 mil crianças, seguido de Lisboa com 253 mil.
Portalegre e Évora mostram também algum crescimento, ao registar 58 e 67 mil crianças, respectivamente.

1950
2.488.085 crianças, num total de 8.5 milhões de habitantes.
Os efeitos da 2ª Grande Guerra fazem-se sentir com especial incidência no interior do País. 
O distrito do Porto continua a liderar, com 328 mil crianças, seguido de Lisboa com 262 mil.
Na cauda da tabela mantêm-se Portalegre, com 54 mil e Évora, com 63 mil..

1960
2.591.958 crianças num total de 8.9 milhões de habitantes.
Os dois distritos com maior número de crianças continuam a ser o Porto, com 393 mil, e Lisboa com 292 mil.
O mesmo acontece no fundo da tabela, mas com Portalegre e Évora a denotarem uma quebra no número de crianças, ao registarem 45 mil  e 54 mil, respectivamente.

1970
2.451.780 crianças num total de 8.6 milhões de habitantes.
Por um lado os efeitos da emigração, que leva para for do País uma fatia generosa da população activa; por outro, a alteração dos hábitos de vida da população portuguesa, designadamente das mulheres, leva a uma redução da taxa de natalidade, traduzida numa redução do número de crianças.
Assiste-se ao fenómeno da "litoralidade", com a transferência de parte da população activa do interior do País para os grandes centros urbanos, designadamente para a cintura industrial de Lisboa, Porto e Setúbal.
Daí que, por ex., enquanto o distrito do Porto passa a registar 431 mil crianças e Lisboa 360 mil (superior ao censo anterior), Portalegre apresente um valor na ordem das 31 mil crianças e Évora 40 mil (abaixo do valor registado em 1960).

1981
2.508.673 crianças num total de 9.8 milhões de habitantes.
A tendência de quebra populacional verificada no recenseamento anterior é minorada pela vinda de grande número (cerca de 600 mil) de residentes das ex-colónias portuguesas (que se vão instalar principalmente na zona da Grande Lisboa, Grande Porto, Setúbal e Faro) e pela diminuição da vaga migratória para for do País.
É curioso verificar que apesar de a população total do País atingir um valor anormal no seu crescimento (cerca de 1.2 milhões), o número de crianças com menos de 15 anos não tema a mesma correspondência, já que o seu número apenas aumenta em cerca de 57 mil.
Este fenómeno tem especial incidência no distrito de Lisboa, que passa para 475 mil crianças, ultrapassando pela primeira vez o distrito do Porto, que regista apenas um ligeiro acréscimo para 439 mil.
Já os distritos de Portalegre e de Évora mantêm a tendência de decréscimo, passando a registar 28 e 38 mil crianças, respectivamente.

1991
1.972.403 crianças num total de 9.9 milhões de habitantes.
Enquanto o País regista um crescimento populacional praticamente nulo, o número de crianças com menos de 15 anos apresenta um significativo decréscimo. 
Lisboa regista uma acentuada quebra, passando para 363 mil. O Porto acompanha essa tendência e regista 352 mil.
O mesmo fenómeno ocorre praticamente em todo o País. Portalegre mantém a tendência anterior e regista 22 mil crianças. Beja troca de posição com Évora e passa a ser o segundo distrito com menos crianças: 30 mil.

2001
1.656.602 crianças num total de 10.4 milhões de habitantes.
Mantém-se a tendência de quebra generalizada neste grupo etário, ainda que em menor grau relativamente ao decénio anterior, mas em contraciclo com o verificado no total da população do País. 
Lisboa e Porto continuam a ver reduzir o número de crianças, situando-se agora praticamente ao mesmo nível - cerca de 315 mil crianças, cada.
Os distritos menos populosos acentuam a quebra nesta faixa etária. Portalegre passa a registar 17 mil crianças e Bragança 20 mil.

2011
1.572.329 crianças num total de 10.6 milhões de habitantes.
Portugal regista neste censo o número de crianças mais baixo de sempre. Ainda que continue a verificar uma quebra populacional, ela é, no entanto, menor (em termos quantitativos) do que aquela que se vinha a verificar anteriormente. 
Ao contrário do ocorrido no distrito de Lisboa, que cresce para 347 mil crianças, o distrito do Porto regista um decréscimo acentuado, para 283 mil.
Bragança surge como sendo o distrito com menor número de crianças, cerca de 15 mil, a que se segue Portalegre com cerca de 15 mil.

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