Costuma-se dizer que é preciso
conhecer o passado para compreender o presente e antever o futuro.
Ao olharmos para os mapas que traduzem a evolução da população deste
País ao longo dos últimos 100 anos e
vermos a forma como se desenvolvem as manchas vermelhas que indicam uma quebra
do número de habitantes, não podemos deixar de encarar com alguma preocupação o
futuro que se avizinha.
Como já foi referido anteriormente, todas as previsões apontam para
um contínuo decréscimo do número de habitantes em Portugal, resultante em
grande parte da quebra da taxa de natalidade, o que, em termos da estrutura
etária, se irá traduzir, por sua vez, na diminuição da população mais jovem e
no aumento da população mais idosa.
Mas mais preocupante ainda é, em minha opinião, a crescente
discrepância entre o crescimento populacional que se verifica na zona litoral
do País e a desertificação de grande parta do interior, designadamente da zona
raiana.
Conforme se verá mais adiante, não é possível que se fique
indiferente quando comparamos, por ex., os resultados dos censos de 1960 e de
2011 no que respeita ao número de crianças e de jovens recenseados em alguns
concelhos do interior do País, em que as quebras chegam, nalguns casos, a
rondar os 90%.
Ou quando deparamos com povoações que em tempos albergaram dezenas de
habitantes (em que os jovens até aos 25 anos representavam mais de 50% do total
da população), transformadas actualmente em aldeias fantasmas com meia dúzia de idosos
com mais de 65 anos.
A este título parece-me bastante
significativo os resultados que, a título de exemplo, ressaltam dos censos
populacionais realizados nos concelhos de Mação e de Aguiar da Beira entre 1900
e 2011.
Como estaremos daqui a 10 anos?
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